O melhor é ir para o Brasil
Preparação física e fisioterapia esportiva vêm evoluindo e cada vez mais atletas querem se tratar aqui
Já virou uma rotina no mundo do futebol. Quando um jogador brasileiro, em qualquer parte do mundo, se machuca, dificilmente não pede para o seu clube liberá-lo para voltar ao Brasil e se tratar por aqui. Porém, quem imagina que essa solicitação é apenas para poder ficar perto dos amigos e dos familiares enquanto se recupera, está muito enganado. Acontece que a fisioterapia e a preparação física brasileiras estão entre as melhores do mundo. Talvez até mesmo sejam as melhores.
O que se costuma dizer, até mesmo em faculdades, é que o diferencial brasileiro está na mistura de estilos entre o europeu (que baseia a sua fisioterapia na técnica) e o americano (que baseia sua fisioterapia em aparelhos). Mas, na realidade, o avanço de nossas técnicas está além da combinação de estilos. A qualidade da maioria dos clubes brasileiros é fruto de um trabalho conjunto entre médicos, fisioterapeutas e preparadores físicos, como explicou o fisioterapeuta do Flamengo, Gláucio.
"Nós escutamos muitas coisas. Realmente, os americanos gostam muito de utilizar aparelhos, e, aqui, no Brasil, temos a tendência de adequar a melhor forma de acordo com o paciente, e não de generalizar. Misturamos a técnica e os aparelhos e trabalhamos em conjunto com os médicos e com a preparação física. Isso é algo muito importante. Não sei se somos os melhores porque nunca trabalhei na Europa, mas, realmente, é algo comum os jogadores voltarem para se tratar aqui no Brasil", disse o fisioterapeuta rubro-negro.
O preparador físico Ronaldo Torres, que além de ter trabalhado nos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro teve uma grande passagem por clubes no Japão e no Oriente Médio, disse que o segredo do sucesso da recuperação em clubes brasileiros é o trabalho em conjunto de todo o departamento médico, algo que pouco se vê fora do Brasil.
"O grande segredo dos clubes brasileiros é que nós não temos a vaidade e trabalhamos em conjunto. Ao mesmo tempo em que um atleta está se tratando clinicamente, continuamos o preparando fisicamente. Pode reparar que, em alguns clubes, como o Flamengo, por exemplo, uma recuperação de atleta que demoraria seis meses, demora apenas quatro. Graças a Deus, tive a sorte de sempre trabalhar com bons profissionais no Brasil. Lá no Japão e no Oriente Médio, eles tratavam os atletas como se trata os sedentários, e isso não pode acontecer. Tive que implantar um novo sistema por lá", disse Ronaldo Torres.
O meia do Vasco Carlos Alberto, que já atuou no Porto, de Portugal, e no Werder Bremem, da Alemanha, contou que no Brasil o trabalho é maior e mais qualificado, principalmente porque dura a temporada inteira.
"Aqui, a gente treina mais. Lá na Europa, a gente joga três competições ao mesmo tempo e o treinamento não é tão forte. O puxado lá é a pré-temporada, mas eles exageram. Já fiz coisas difíceis de imaginar, como subir uma montanha. Podemos não ter aqui os mesmos recursos que lá, mas os profissionais brasileiros são os melhores", completou Carlos Alberto.
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