Refere-se à associação dos exercícios aeróbios e o treinamento de força. (Guedes Jr.,2006). O treinamento concorrente leva esse nome a partir da idéia de que os benefícios, proporcionados por cada uma das atividades (aeróbia e força), concorrem entre si, ou seja, uma atividade poderia interferir negativamente no desenvolvimento da outra (Teixeira e Guedes Jr.,2010).
Estudos que examinaram o treinamento concorrente apresentaram as seguintes conclusões:
- A alta intensidade de treinamento de resistência aeróbia pode comprometer a força, especialmente em altas velocidades de ações musculares.
- A capacidade de potência pode ser afetada tanto pelo desempenho do treinamento de força como pelo de resistência aeróbia.
- A alta intensidade do treinamento de resistência aeróbia pode afetar negativamente a curto prazo o desempenho anaeróbio.
- O aumento do consumo de oxigênio de pico não é comprometido por um programa de treinamento de força de alta intensidade.
- O treinamento de força não afeta negativamente as capacidades de resistência aeróbia.
- Os programas de treinamento de força e potência podem beneficiar os desempenhos de resistência aeróbia pela prevenção de lesões, pelo aumento do limiar de lactato e Pela redução do tempo de contato com o solo durante a corrida.
A importância de identificar o objetivo principal e complementar do aluno é fundamental para então desenvolver dentro do programa de treinamento a metodologia mais adequada.
Segundo Guedes Jr (2006) a modalidade principal deve ser priorizada, enquanto a atividade suporte deve ser realizada com volume moderado, para não comprometer o período de recuperação. De um modo geral, a combinação de diferentes atividades físicas pode trazer maiores benefícios à saúde como um todo.
No esporte competitivo também se observa combinações de treinamentos para evitar alguns riscos à saúde dos atletas que são submetidos a longas jornadas de treino com intervalos inadequados.
Podemos observar que um atleta fisiculturista em determinado fase de treinamento emprega atividades aeróbias, visando à saúde cardiovascular. Já os corredores ou outros atletas de endurance, incluem a musculação que além de contribuir com a melhora da endurance esportiva, auxilia na manutenção da massa magra, que é comprometida em virtude do grande catabolismo proporcionado pelas atividades de longa duração, por fim, na prevenção de lesões.
Portanto, quando se tem por objetivo específico o desenvolvimento de força (força máxima, potência, hipertrofia), o treinamento de força deveria ser priorizado (especificidade do treinamento). Caso haja necessidade da combinação das atividades de força e aeróbia, pode-se optar pela prática da atividade aeróbia em períodos ou dias separados ou, se na mesma sessão, após o treino de força (Teixeira e Guedes Jr.,2010 apud Weinewck 2000; Paulo et AL.,2005; Guedes Jr.,2007a).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TEIXEIRA, C. V. L; GUEDES JUNIOR, D. P. Musculação perguntas e respostas: as 50 duvidas mais freqüentes nas academias. Phorte editora, 2010.
FLECK, S. J; KRAEMER, W. J. Fundamento do treinamento de força muscular. 3 ed, Artmed, 2006.
GUEDES, D. P. Saiba tudo sobre musculação. Rio de Janeiro: Editora Shape. 2006
Profº Carlos André Barros de Souza
Professor de Educação Física (FEFIS)
Graduando em Fisioterapia (UNILUS)
Email: c.andrefisio@yahoo.com.br
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