Fisiologia aplicada ao rendimento esportivo: bases científicas do treinamento de alta performance



A performance esportiva: equipe técnica e atletas na busca da otimização dos resultados

    A fisiologia do exercício pode ser definida como uma área que procura investigar como as estruturas e funções de nosso organismo se alteram quando realizamos o exercício agudo ou crônico, enquanto que a aplicação destes conhecimentos ao esporte, denomina-se fisiologia do esporte, uma subárea da fisiologia do exercício (WILMORE; COSTILL, 2001).

    Embora a publicação do primeiro livro de fisiologia do exercício intitulado Physiology of Bodily Exercise por Fernand LaGrange tenha ocorrido em 1889, somente no início do século XX foram feitas observações mais concretas a respeito da fisiologia do exercício, como por exemplo a relação entre produção de lactato e a contração muscular feita por Fletcher e Hopkins em 1907 (WILMORE; COSTILL, 2001). Outra contribuição relevante na década de 20 foi à determinação do consumo máximo de oxigênio (VO2max) por Hill e Lupton (1923), que passou a constituir um índice de referência da capacidade aeróbia.

    É difícil identificar a data em que o treinamento esportivo começou a ser estudado de forma científica. No entanto, na literatura atual há um consenso de que foi a partir dos estudos do método intervalado pelo fisiologista Reidell e o treinador Gerschller, na década de 50, que o treinamento esportivo passou a ter uma concepção científica (COSTA, 1968; BILLAT, 2001). Desde então, muitos pesquisadores têm dedicado sua vida profissional estudando o comportamento e a influência das diversas variáveis fisiológicas durante a performance esportiva (POWERS; HOWLEY, 2000).

    A partir dos anos 60 começou a ocorrer um avanço científico promissor com o aumento do número de laboratórios de fisiologia do exercício pelo mundo. Wasserman e Macllory (1964), baseados em um estudo utilizando indivíduos com patologias cardiovasculares, criaram a concepção de limiar anaeróbio, fenômeno estudado até hoje através de protocolos e metodologias distintas. Fisiologistas como Reidell e seus colaboradores, primeiros a descreverem o método de treinamento intervalado em um periódico científico em 1962, Per-Orlof Ástrand e o grupo de pesquisadores americanos liderados por Fox tiveram destaque na área (BILLAT, 2001). Segundo Wilmore e Costill, (2001), também se destacaram os pesquisadores escandinavos, como Bergstron, que introduziu a biopsia muscular e os americanos Holloszy e Tipton, que começaram a utilizar ratos em estudos bioquímicos, além de Edgerton e Gollinick que passaram a estudar as características das fibras musculares também com ratos.

    Atualmente, muitos parâmetros têm sido utilizados na avaliação, prescrição e determinação dos efeitos do treinamento aeróbio. Dentre os parâmetros que utilizam métodos diretos, destacam-se o limiar anaeróbio (Lan) e o consumo máximo de oxigênio (VO2max). O Lan ganhou destaque na área de treinamento esportivo devido, principalmente, ao rápido ajuste desse parâmetro frente a modificações do treinamento e à baixa correlação encontrada entre a quantificação do VO2max e a predição de performance aeróbia em competições (COSTILL et al., 1973; HAGBERG; COYLE, 1983). Além disso, é um método mais fidedigno em relação à validade ecológica do teste e que apresenta menor custo operacional, quando comparado ao VO2max. Apesar de ser invasivo, tanto o volume de sangue coletado (25 µl por amostra), como a utilização de procedimentos simples de higiene e assepsia, excluem do teste pela lactacidemia qualquer risco à saúde de avaliadores e avaliados, o que normalmente conduz à aceitação de comitês de ética em pesquisa (DENADAI, 2000).

    Uma tendência atual é a utilização dos parâmetros de avaliação, principalmente do Lan, para quantificar as cargas durante o treinamento, classificando o esforço em diferentes faixas de intensidade: aeróbia, que corresponde ao exercício prolongado de baixa intensidade, em estado estável; aeróbia-anaeróbia, que seria no limite do estado estável, tendendo ao débito de oxigênio; e em débito de oxigênio, com exercício realizado e ritmo intenso. Esta idéia é sem dúvida um grande avanço para quantificar melhor a intensidade para realização do exercício, tanto contínuo como intermitente.

    Atualmente, as informações acerca do estudo da fisiologia aplicada ao rendimento esportivo podem ser obtidas com extrema facilidade em bases de dados da internet. A criatividade e acima de tudo a tecnologia disponível nos centros de excelência de pesquisa em performance atlética permitem que os estudiosos da área desenvolvam equipamentos sofisticados capazes de simular uma competição e então verificar as respostas do corpo humano frente a uma situação de estresse que exige desempenho máximo. Contudo, existe uma diferença considerável entre o que se pesquisa e o que pode ser aplicável à prática.

    Apesar deste longo período de pesquisas e avanços científicos na área de treinamento, os profissionais que trabalham no âmbito esportivo ainda enfrentam dificuldades para maximizar as capacidades físicas, técnicas e táticas dos seus atletas.

    Dentre os tópicos estudados na fisiologia aplicada ao desempenho atlético, destacam-se os procedimentos fisiológicos, físicos, táticos, técnicos, nutricionais (ergogênicos), biomecânicos, psicológicos e farmacológicos, que utilizados de forma separada ou em conjunto, são capazes de aprimorar a capacidade de realizar trabalho físico.

    Porém, a aplicação desses recursos não garante resultados positivos a todos os atletas, já que estes apresentam características fisiológicas, habilidades técnicas, comportamentos psicológicos e históricos de vidas diferentes. Mesmo sendo possível selecionar uma população de mesmo sexo, idade e aptidão física, e ainda, impor uniformidade de treinamento, moradia e dieta, numa tentativa de aproximar as características e eliminar ao máximo as diferenças individuais, ainda não seria possível, encontrarmos indivíduos com características genéticas e psicológicas idênticas.

    Embora, atualmente se conheça muito a respeito da importância da individualização da prescrição do treinamento para atletas de alto nível, devido à heterogeneidade intra-indivíduos, faz-se necessário uma reflexão crítica a respeito dos inúmeros estudos publicados e empregados em treinamento esportivo. Treinamento esportivo de alta performance: conhecimento científico e prático auxiliando o desempenho do atleta.

    Hopkins et al., (1999), preocupados com o número excessivo de estudos relacionados ao desempenho físico de atletas de alto nível, atentam para os cuidados com este tipo de população. Por exemplo, segundo os autores, é necessário que se aprofundem os conhecimentos em relação à utilização dos inúmeros testes empregados na avaliação esportiva. Muitas vezes os testes utilizados são questionáveis, pois a performance obtida durante o teste no laboratório não condiz com a obtida durante o evento competitivo. Outrora, os atletas selecionados para as pesquisas possuem características fisiológicas extremamente distintas de atletas de alta performance.

    Desse modo, os autores aconselham que as pesquisas sejam realizadas da forma mais fidedigna possível, ou seja, que se aproximem ao máximo do cotidiano de treinamento e competitivo dos atletas em questão. Assim, os resultados adquiridos nos estudos poderão ser utilizados com confiabilidade pelos interessados no assunto.

     Não existe um consenso quanto qual dieta, avaliação e programa de treinamento devem ser utilizados. Porém, quando se trata de performance esportiva, todas as informações científicas disponíveis quanto à modalidade em questão devem ser analisadas, contudo, é necessário conhecê-las e entender que estas podem se apresentar diferentemente sob condições alteradas (como por exemplo, durante a competição, estádio lotado, risco de perda e rebaixamento da equipe em um campeonato) e determinadas circunstâncias (como por exemplo, após instrução prévia do técnico, diferença de piso ou temperatura). Entretanto, se utilizadas de forma correta, elas são de extrema importância e atuam como diferencial entre os atletas que conquistarão recordes e aqueles que apenas participarão da competição.

    A formação da comissão técnica de uma equipe depende muito da modalidade, contudo, se torna imprescindível à presença de um treinador, um preparador físico e um psicólogo do esporte. Com relação à forma de trabalho dos treinadores ou da comissão técnica, tudo depende do equilíbrio entre conhecimento e infra-estrutura, não adianta uma equipe possuir a melhor tecnologia se não possui mão de obra capacitada para utilizá-la, o contrário também é verdadeiro, aquele treinador que obtém sucesso apenas com a disponibilidade de equipamentos sofisticados não interessará a uma equipe com infra-estrutura inferior.

    Assim sendo, se torna imprescindível a qualquer profissional que atua no âmbito esportivo, conhecer as perspectivas e novidades existentes nesta área, e posteriormente, obter uma opinião crítica no que diz respeito à otimização do rendimento esportivo, bem como de sua interface com outras áreas de conhecimento.

     Uma das questões mais relevantes quando tratamos de estratégia de programa de treinamento está no conhecimento do esporte no qual se pretende trabalhar. Independente de ser individual ou coletivo, a determinação das características fisiológicas do esporte é fundamental para a padronização de um tipo de treinamento que abranja à demanda energética exigida na modalidade ou competição (TUMILTY, 1993; REILLY, 1996; SMEKAL et al., 2001; STEPTO et al., 2001; BILLAT et al., 2003).

    Os mesmos autores citados acima enfatizam a necessidade de um bom preparo físico, e não descartam a importância da habilidade individual, como condição fundamental na performance, principalmente nos esportes individuais. Por isso, deve existir uma preocupação tanto com o preparo físico, como com a técnica de movimento.

    Outro detalhe importante quando se trata de alcançar os melhores resultados é conhecer as características de uma competição antecipadamente. Estudar a equipe adversária, as características climáticas e ambientais da prova (terreno, clima, altitude, etc.), traçar a melhor estratégia a ser utilizada no dia do evento são algumas alternativas que podem ser utilizadas para melhoria da performance. Atualmente, tanto no esporte individual quanto no coletivo, existe a preocupação de avaliar o histórico do desempenho competitivo dos adversários através de análises de vídeos. A utilização da filmagem permite analisar os movimentos realizados durante a partida e quantificar melhor as ações dos atletas seja para prescrever treinamento ou tática de jogo para neutralizar o adversário. A utilização da informática no voleibol, por exemplo, permite analisar a estratégia e as principais jogadas do adversário e utilizá-las ainda durante o jogo.

    Outro aspecto relevante é a escolha dos testes laboratoriais, que na maioria das vezes não representam a situação real de uma partida ou de um evento competitivo. As condições ambientais muitas vezes são imprevisíveis, contudo, é importante que as condições destas variáveis durante a avaliação reflitam ao máximo o que ocorre durante a competição. O fator psicológico é outra variável que dificilmente pode ser avaliada fidedignamente em laboratório, e durante um evento pode fazer grande diferença.

    Estudos de Westom et al. (2001) e Chapman et al. (1998) são alguns exemplos de pesquisas com a preocupação da aclimatação dos atletas antes da competição. Ambos se preocuparam em estudar qual seria a melhor estratégia para competir em um evento com diferenças de altitude. Segundo estes autores, a escolha do dia da chegada para competir interfere consideravelmente na performance. Devido a isso, muitos testes têm sido conduzidos em câmaras hipobáricas para simular as condições de provas realizadas em grandes altitudes, ou então, um período da preparação física do atleta é realizada nas condições de altitude da prova.

     Conhecer em detalhes a modalidade esportiva é dever do treinador que objetiva trabalhar com performance. Hausswirth et al. (2001) analisando o efeito de duas modalidades de drafting (continuous drafting e alternate drafiting cada 500m) no ciclismo, popularmente conhecido como vácuo, durante uma prova de triathlon verificaram maior performance na corrida para o ciclista que realizou o continuous drafting. Esse resultado demonstra que a montagem de uma estratégia de corrida pelo treinador, na qual um dos atletas possa realizar o drafting durante o evento, pode determinar a diferença entre o vencedor e os outros participantes.

    A biomecânica é outra área que tem colaborado, seja pela escolha dos melhores ângulos das articulações para a realização dos movimentos ou pela análise dos mesmos durante a competição para auxiliar na prescrição do treinamento. Papoti et al. (2003) desenvolveram um protocolo específico, com a utilização de células de carga, capaz de determinar a performance anaeróbia de nadadores.

    O avanço na nutrição esportiva, através da elaboração de recursos ergogênicos, também tem colaborado com o avanço da performance esportiva (BRUCE, 2000; BELL et al., 2002; IZQUIERDO et al., 2002; UTTER et al., 2002). Contudo, alguns cuidados quanto o manuseio, preparo, armazenamento e consumo destas substâncias se tornam necessários para atingir otimização e não oferecer riscos à saúde do seu atleta. Além disso, o conhecimento adequado das dosagens permitidas, assim como das substâncias permitidas pelo Comitê Olímpico Internacional são extremamente importantes.

    Outro fato ligado ao alto rendimento é o marketing esportivo. Como sabemos, muitas empresas investem milhões em campanhas publicitárias que têm como garotos propaganda nomes consagrados do esporte mundial. Nesse contexto, em que o esporte é sinônimo de business, a criação de centros de treinamentos especializados e a contratação não só de um único profissional, mas sim, de uma equipe de especialistas se tornou necessária para as equipes de ponta.

    A incorporação de uma equipe multidisciplinar é evidente quando se lida com indivíduos que almejam o lugar mais alto no pódio. Nesse aspecto, independente da categoria de esporte, a presença de pessoas especializadas se torna necessária. Fazendo parte dessa equipe multidisciplinar estão diversos profissionais, muitas vezes trabalhando em empresas responsáveis pela criação de material esportivo.

    Com isso, materiais e equipamentos vêm sendo elaborados por especialistas (biomecânicos, fisiologistas, entre outros) e estudados em situações laboratoriais e em competições reais com o objetivo de melhorar a performance. O trabalho de Roberts et al. (2003) é um dos estudos atuais que avalia a eficiência do uso de diferentes trajes aquáticos na performance de natação. A roupa de pele de tubarão tem ajudado nadadores a melhorarem suas marcas. A utilização da fibra de carbono permitiu a melhora do rendimento nas provas de ciclismo, no salto em altura e no lançamento de dardo no atletismo. O uso da radiotelemetria, para monitorar a freqüência cardíaca e o consumo de oxigênio a distancia favorece a obtenção de índices fisiológicos que facilitam a preparação física do atleta. Este mercado esta cada vez mais emergente, já que as empresas preocupadas em estampar sua logomarca nos melhores atletas investem pesado em tecnologia e mão de obra especializada. Este fator tem auxiliado na obtenção de novos recordes.

    Entretanto, a cobrança de melhores resultados pela equipe e por parte dos investidores faz do treinamento e da competição, condições não existentes na vida humana normal e, dificilmente podem ser exploradas de forma idêntica em condições laboratoriais. Sendo assim, é importante a presença de um profissional da psicologia do esporte, para trabalhar junto aos atletas e comissão técnica, simulando e entendendo situações que possam intervir no comportamento como, por exemplo, estresse, emoção, sucesso, derrota, entre outras pertinentes ao contexto esportivo (WEINBERG; GOULD, 2001).

    Apesar das longas horas de treinamento com grande desgaste orgânico, visando aprimorar o condicionamento físico, técnico e tático da performance, os resultados de todo o trabalho dependem muito e diretamente da condição psicológica dos atletas. Um planejamento adequado para o aspecto psicológico otimiza a relação atleta-esporte e, conseqüentemente, a mobilização de todo o potencial físico-mental-emocional dos atletas para competição.

    Com todo este suporte científico, a cada ano, observa-se progresso no desempenho em quase todas as atividades atléticas. Esses progressos em geral são atribuídos a uma série de fatores já citados acima: melhor dieta, melhor equipamento atlético e abordagens científicas mais sistemáticas e especializadas ao treinamento atlético e ao condicionamento físico. Por isso, é fundamental que o treinador possa ter acesso às fontes científicas para se manter atualizado, principalmente nas modalidades individuais em que milésimos de segundos podem separar o primeiro do último colocado.

    Quanto aos testes para determinação de intensidades ótimas de treinamento utilizados em várias esferas esportivas, podendo ser identificadas através de inúmeras metodologias. Dentre as quais, podemos citar a avaliação por parâmetros sanguíneos ou ventilatórios, aplicados de forma indireta ou direta, e ainda, realizados em campo ou em laboratório. Dessa forma, mesmo podendo existir controvérsias com relação a um número grande de protocolos e metodologias aplicadas, é importante o conhecimento científico e prático, visando selecionar o melhor teste na avaliação de atletas.

    Acredita-se que o melhor treinador ou comissão técnica é aquele que se adapta as condições de trabalho. Contudo, existem certas atitudes que podem ser desenvolvidas em qualquer ambiente. O trabalho deve ser o mais individualizado possível. Dessa forma, se não há possibilidades em prescrever e avaliar o treinamento pelo método mais sensível, que seja realizado ao menos a partir de um teste não invasivo validado. Nem toda a equipe, não importa a modalidade, dispõe de um analisador de gases para verificar o consumo máximo de oxigênio (VO2max), de um lactímetro para verificar a resposta do lactato frente ao exercício ou até de um monitor cardíaco.

    No entanto, qualquer treinador tem condição de possuir uma fita métrica, cones e cronômetro podendo realizar testes indiretos e não invasivos para mensurar, por exemplo, a resistência aeróbia e anaeróbia (teste de Cooper, Potência Crítica), força (teste de flexão e abdominal), capacidade de saltar (teste de salto vertical e horizontal); entre outros. Além disso, principalmente nos esportes coletivos, é importante que os treinos sejam diferenciados de acordo com a função que o atleta desempenha durante uma partida.

    Uma alternativa inteligente para os clubes localizados próximos às universidades que tenham o curso de Educação Física ou afins seriam os convênios, ou seja, os atletas dos clubes podem ser avaliados como participantes para pesquisas da universidade, enquanto que a comissão técnica obtém dados científicos e fidedignos que auxiliam na preparação de seus atletas. O grande problema quanto a esta prática é que existe, principalmente por parte dos treinadores, preparador físico e dirigente, um receio de que os pesquisadores possam prejudicar os seus trabalhos ou até se interessarem por seus cargos. Esse conflito, na grande maioria dos casos, desaparece assim que se estabelecem os objetivos comuns, exigência da parceria.

    Dessa maneira, a otimização do rendimento esportivo de qualquer atleta depende da capacidade do treinador se adaptar a sua realidade de trabalho e utilizar, da melhor maneira, os recursos disponíveis. Não podemos negar que existe uma relação diretamente proporcional entre o nível competitivo do atleta e os recursos de treinamento, ou seja, quanto mais treinado for o atleta maior será a necessidade de utilizar ferramentas sensíveis de avaliação e prescrição do treinamento.

    Pelo exposto não é estranho que tenhamos dificuldade para traçar um programa ideal de treinamento. Mas obter o conhecimento de variáveis que podem interferir ou auxiliar no rendimento do atleta pode ajudar na escolha de protocolos de avaliação e a determinar a melhor estratégia de treinamento para seu atleta.

    Assim, ao bom treinador é essencial o conhecimento científico e prático da modalidade esportiva que se deseja trabalhar. A estratégia a ser utilizada, dependerá muito dos recursos que a equipe ou treinador tem no momento. A utilização de equipamentos sofisticados para fazer as avaliações não faz parte da realidade de muitos treinadores. Mas a aplicação de um treinamento individualizado se torna importante tanto para os esportes coletivos como para os individuais, na medida que existem diferenças individuais em resposta a um mesmo treinamento. Por isso, a otimização do treinamento não dependerá de apenas um fator. A dedicação do treinador, do atleta, e de uma equipe multidisciplinar auxiliando nas diversas áreas relacionadas ao esporte deve ser a chave para se obter melhores e crescentes rendimentos.

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Autor: Adelino Sanchez Ramos da Silva*
José Rodrigo Pauli**
Cláudio Alexandre Gobatto*
adelinosanchez@hotmail.com
(Brasil)
 

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