A dor muscular tardia (DMT) é um fenômeno que tem sido experimentado por virtualmente toda pessoa envolvida com atividades atléticas. A DMT representa uma das lesões esportivas mais comuns sofridas tanto por atletas de elite quanto por atletas recreacionais. O início da dor é tipicamente notado 24 horas após as atividades físicas principalmente aquelas em que o atleta não está familiarizado. A DMT freqüentemente segue-se a um trabalho de grande força muscular tipicamente excêntrica. O trabalho muscular excêntrico é caracterizado pelo alongamento muscular enquanto o músculo é contraído.
As atividades excêntricas mais comuns incluem: step, ciclismo, corrida, downhil, e exercícios de resistência muscular.
Sintomatologia
A DMT é caracterizada por dor progressiva nas 24 horas seguintes à atividade, com pico doloroso tipicamente em 24 – 72 horas após o exercício. Os sintomas incluem dor á palpação, diminuição do movimento articular, déficit na flexibilidade e déficit na produção de força muscular. A dor é tipicamente notada inicialmente na porção distal do músculo próximo à junção miotendínea. Os sintomas podem continuar por 5 a 10 dias. O déficit na produção da força muscular frequentemente tem um pico imediatamente após o exercício e 48 horas após, mas tem sido notado acima de 8 dias. Os sintomas são tipicamente auto limitados.
A quantidade e a intensidade dos sintomas estão relacionadas ao nível de treinamento, à intensidade e quantidade do exercício, e ao comprimento do músculo durante o exercício. Poucas pesquisas têm sido realizadas na área, sobre os efeitos da DMT na performance durante as atividades físicas. Vários mecanismos e opções de tratamento para Dor Muscular Tardia tem sido propostos com variação na qualidade das pesquisas realizadas nesta área.
Teorias para Etiologia
Um número de mecanismos teóricos para DMT tem sido sugerido, incluindo: ácido lático, inflamação, dano ao tecido conectivo, dano muscular, espasmo muscular e a teoria do efluxo de enzimas.
O ácido lático, que pode causar dor aguda durante o exercício tem sido rejeitada como um mecanismo para DMT, baseado no fato de que os níveis de lactato sanguíneo retornam a níveis pré exercício em 1 hora após a atividade e tem falhado na correlação com os sintomas da DMT.
A lesão do tecido conectivo, presente ao redor das fibras musculares pode ser parte do mecanismo especialmente nas fibras musculares do tipo II que tem mostrado como risco aumentado para lesão.
Uma teoria sobre a lesão muscular baseada em microscopia, mostra um alargamento ou ruptura total das linhas Z. A creatinaquinase é um indicador razoável de lesão muscular e tem sido notada aumentada após trabalho excêntrico.
Entretanto, não há completa correlação entre o pico do nível de creatinaquinase e o pico de dor muscular na DMT. Gulick e Kimura avançaram na teoria do efluxo de enzimas que é baseado no acúmulo de cálcio nos músculos lesados com subseqüente ativação de proteases e fosfolipases, resultando em lesão tardia e produção de prostaglandinas.Isto gera uma degeneração muscular aumentada nas linhas Z com estimulação de terminais nervosos.
Muitos pesquisadores acreditam que nenhuma teoria isolada explica completamente todos os achados associados com a DMT. Assim, acredita-se que uma seqüência de eventos utilizando parte de algumas destas teorias explicam os sintomas clínicos.
Tratamento e Prevenção
Para prevenir a Dor Muscular tardia são fundamentais:
● Adesão a programas de treinamento bem planejados visando o combate e o retardamento da fadiga muscular
● Respeito à capacidade individual
● Reposição hídrica e energética convenientes às necessidades individuais.
● Respeitar os períodos de descanso. O sono deve ser muito valorizado e colocado na rotina de horários do atleta
● Postura adequada na biomecânica dos movimentos
● Utilização de roupas e calçados adequados para prática esportiva
As teorias propostas para os mecanismos relacionados com o início da DMT, estimularam pesquisas no campo do tratamento e prevenção.
Para o tratamento, o médico deve ser procurado para orientação de medicações antiinflamatórias, uso de gêlo, massagens, exercícios específicos, alongamentos, além de outro meios fisioterapêuticos.
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