Há três vertentes para a origem da arte suave, mas a mais difundida conta que o jiu jitsu surgiu no Japão. Outra versão fala que surgiu na Índia, onde era praticado pelos monges budistas, sendo levado para a China e depois para o Japão, acompanhando a expansão do Budismo. A terceira vertente sustenta que surgiu na China.
Apesar das divergências quanto à origem, há consenso que foi no Japão, através das escolas de samurais, que as técnicas e golpes foram desenvolvidas. Naquela época, o jiu jitsu surgiu como uma arte marcial que se diferenciava das técnicas rígidas, nas quais usava-se armas, como espadas ou punhais. Segundo os japoneses, trabalha com técnicas de autodefesa que estão ligadas a filosofia de pensamento do budismo, fundamentando-se somente na inteligência, não sendo preciso usar a força bruta.
O primeiro registro da palavra Jiu-Jitsu ocorreu em 1532, criada por Hisamori Tenenuchi, fundador da primeira escola de jiu-jitsu no Japão. Porém, de início, o Jiu jitsu não bem era visto. Até que surgiu Jigoro Kano, um mestre japonês, homem sábio, membro do departamento cultural e praticante de jiu-jitsu que revolucionou as técnicas da luta, no final dos anos de 1800, criando sua própria versão, que chamou de judô, com os mesmos fundamentos de combate que o antigo jiu-jitsu.
Por volta de 1914, chega ao Brasil Mitsuyo Maeda, mestre japonês em lutas marciais, também conhecido como Conde Koma. Depois de percorrer alguns países como o Reino Unido, México, Cuba e França, Maeda chegou ao Brasil fazendo demonstrações e lutas e fixa-se em Belém do Pará. Nessa época, havia uma confusão quanto ao nome da luta e até no Japão, o termo "ju jutsu" ou" kano ju -jutsu" era utilizado se referindo à parte técnica, e o termo "judô" quando se referia à parte filosófica. Somente em 1925 o governo japonês oficializou o nome judô, nomeando assim a luta que era ensinada nas escolas publicas do país.
Quando chegou ao Brasil, o nome judô ainda não estava oficializado e era comum aquela luta ser chamada, pelos japoneses, de "ju-jutsu ou "kano ju-jutsu". Os brasileiros chamavam "jiu-jitsu". Tornou-se amigo de Gastão Gracie, empresário influente, que o ajudou a estabelecer-se. Como gratidão, Maeda ensinou o jiu- jitsu japonês tradicional a Carlos Gracie, primogênito de Gastão. Carlos aprendeu por alguns anos e, depois, encarregou-se de ensinar aos irmãos.
A primeira Escola Gracie foi fundada em 1925 no Rio de Janeiro. Carlos e seus irmãos ensinavam o jiu-jitsu aprendido com Maeda. Hélio Gracie, o mais novo dos irmãos, proibido de treinar porque era muito franzino, ficava só observando. Após muito tempo observando as aulas, Hélio percebeu que poderia adaptar as técnicas até então utilizadas, criando um estilo próprio de luta, baseado em suas próprias limitações físicas. Hélio passou a modificar o que observava nos ensinamentos do irmão e com determinação de executar eficientemente os golpes, modificando-os e adaptando-os a sua frágil estrutura física. Enfatizou os princípios da alavanca e a escolha do omento cero,sobre a velocidade; assim conseguiu modificar todas as técnicas, entre muitas tentativas e erros, criando um estilo nacional de jiu-jitsu, o Gracie jiu-jitsu, o jiu-jitsu Brasileiro.
Jiu-Jitsu para crianças
As aulas de jiu jitsu para crianças tem por objetivo melhorar a concentração, proporcionar auto-estima, disciplina e saúde com total segurança. Muito mais do que apenas golpes e posições marciais, nesta modalidade busca fortalecer a relação de amizade entre pais e filhos, formar o caráter e possibilitar que a criança atinja a adolescência com seus princípios morais já formados.
Veja 4 principais aspectos para usar e abusar do Jiu-Jitsu Infantil
1. Reforçar os laços
Ao criar uma rotina de prática esportiva com as crianças, a confiança e o companheirismo se desenvolvem muito mais. Os filhos gostam de ter coisas em comuns com os pais e nada melhor do que reforçar os laços com o Jiu-Jitsu.
2. Disciplina e respeito
A gente sabe que uma hora ou outra as crianças vão passar por aquela fase difícil, seja na infância ou na adolescência. O Jiu-Jitsu é o caminho certo para desenvolver a disciplina e o respeito desde cedo e proporcionar um desenvolvimento mais tranquilo.
3. Deixe sua herança
O Jiu-Jitsu é um esporte para a vida, pois traz muitos benefícios para o desenvolvimento pessoal. Saber que o seu filho ou filha entrou na prática com o seu auxílio e acompanhamento é a melhor herança que ele pode receber – e claro, é a herança que você vai ter orgulho de deixar.
4. Ensinar valores positivos
Se você é iniciante, com certeza será ótimo para o seu filho ver o seu desenvolvimento junto ao dele. É a chance dele aprender desde cedo que todos nós nos deparamos com algumas dificuldades no início de novas jornadas. Com a entrada no Jiu-Jitsu, você vai ensinar muito sobre persistência, paciência e coragem para superar limitações – assim, ele vai estar mais preparado para os desafios da vida.
Concluido
Com a prática do Ju-Jitsu, a criança ganhará um sentimento de auto realização ao aprender novas técnicas, nas mudanças de faixas e nas vitórias adquiridas em competições. Vencer na vida ou no Jiu Jitsu não significa machucar nem pisar em cima de ninguém, não se ganha sempre e mesmo nas derrotas existe aprendizado.
As aulas de Jiu Jitsu para crianças tem por objetivo melhorar a concentração, proporcionar auto-estima, disciplina e saúde. A prática do Jiu Jitsu infantil vai muito além dos aprendizados no tatame, a disciplina e excelência exigidos refletem positivamente o comportamento da criança em casa e na escola.
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