A flexibilidade como método de treinamento desportivo





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Conceito de flexibilidade

Segundo Alter (1996) a flexibilidade e uma característica mecânica responsável pela amplitude do movimento de uma determinada articulação ou mais articulações. Que esta é a capacidade de um atleta executar movimentos de grande amplitude, ou sob forças externas, ou ainda que requeiram a movimentação de muitas articulações.

Para Ceas (1987) a flexibilidade e um elemento de aptidão funcional. Nas atividades da vida diária (AVD) e no treinamento desportivo, constantemente precisamos realizar movimentos que exigem menores ou maiores graus de amplitude. E também como a amplitude máxima fisiológica passiva, em um dado movimento

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"Qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesão." (Dantas, 1998, p. 33).

Para o mesmo autor, pensar em flexibilidade é, portanto, se citar aos maiores arcos de movimentos prováveis nas articulações envolvidas. Como a metodologia desportiva determina o emprego completo dos arcos articulares especificamente envolvidos nos sinais desportivos, permanece muito complexo, se não impossível, a performance de alto rendimento sem se dispor de um bom grau de flexibilidade nos segmentos musculares empenhados.

Revisão

Barbanti (1997), afirma quanto mais elevada for a exigência de performance, mais atenção deve ser dada à flexibilidade. Da ênfase que isto não expressa obter o máximo aceitável de mobilidade. A flexibilidade, ao oposto de todas as outras diferentes qualidades físicas, não é melhor quanto maior forem os seus níveis. Existe um grau ótimo de flexibilidade para todo indivíduo, no desempenho das exigências que a prática exercerá sobre o aparelho locomotor e a composição dos seus componentes (ligamentos, articulações, músculos e outras estruturas envolvidas).

Hotl (1975) ressalta que um bom nível correspondente de flexibilidade pode ajudar a gerar a descontração muscular. Tubino (1980) afirma que com o aumento do metabolismo nos músculos, nos tecidos conectivos e estruturas articulares, também podem colaborar para prevenir lesões, além de promover a prática das atividades da vida diária. 

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Segundo Corbin (1984) o nível de flexibilidade de um indivíduo e determinada por vários fatores são: a idade; o gênero; a temperatura muscular, dos tendões e estrutura articulares; o estado de alongamento e relaxamento muscular; o treinamento; a concentração de liquido ou outros materiais nos tecidos musculares, tendões e cartilagens; a superfície articular e a força muscular.

Segundo Achour (1997) a flexibilidade pode ser classificada em:

Passiva quando o aumento da amplitude de movimento de uma ou mais articulações é feito sem a aplicação de forças internas do indivíduo e manifesta-se quando o praticante coloca-se em uma determinada postura corporal, agem sobre ao aparelho ósteoarticular e muscular no sentido de aumentar a amplitude da movimentação articular


Ativa ocorre pela aplicação de forças internas do praticante e manifesta-se quando o indivíduo contrai o músculo agonista e relaxa os antagonistas (alongando-os), provocando a maior amplitude de movimentação articular.


Mista amplitude do movimento articular e alcançada pela ação voluntária (forças internas) de contração dos músculos agonistas e relaxamento dos antagonistas, somado de força externa.

Achour Jr. (1996 p.103) sobre o assunto ressalta que: "A flexibilidade é importante para o atleta melhorar a qualidade do movimento, para realizar habilidades atléticas com grandes amplitudes de movimento e reduzir os riscos de lesões músculo-articulares". Por se tratar de uma componente do treinamento desportivo, que requer realização de exercícios ao qual chegam a alcançar seu limite submáximo para aumentara a flexibilidade é, geralmente, baseada na idéia de que ele pode diminuir a incidência, a intensidade ou a duração da lesão músculo tendinosa e articular.

Segundo Anderson (1983) uma extensibilidade articular mínima parece ser vantajoso em alguns esportes e atividades para prevenir a distensão muscular. Em outras palavras, parece ser uma amplitude de flexibilidade ideal ou favorável que irá prevenir a lesão quando os músculos e articulações forem super alongados acidentalmente.

Para Gobbi et al. (2005) a avaliação se dar de forma planejada e organizada ou seja é uma das etapas sistematizadas do planejamento e como nossos movimentos angulares são todos angulares, o mais apropriado seria medi-los em graus, sendo que essa medição envolve utilização de aparelhos como o goniômetro, o flexímetro ou flexômetro.

O autor afirma que o goniômetro é um instrumento com duas hastes unidas por uma de sua extremidade ao centro de um transferidor; uma delas é livre para girar e outra fixa no centro. Segundo Leighton (1955) em relação ao flexômetro, ele afirma que é um aparelho que mede a flexibilidade em graus, o qual é composto por um cilindro metálico, dentro do qual há duas partes móveis.

Segundo Achour Júnior (1997), o flexímetro é um instrumento desenvolvido no Brasil que obedece aos mesmos parâmetros do flexômetro, possibilitando a avaliação de 9 articulações e 32 ações articulares. O autor ainda afirma que o teste mais utilizado para medir a flexibilidade é o teste de sentar e alcançar, o qual não pode ser confundido com a medida geral de seus praticantes, mais se deve levar em consideração a flexibilidade altamente específica.

Para Zanella (2009) quando o princípio da especificidade é obedecido num programa de condicionamento físico, isto é, são incorporados exercícios específicos de flexibilidade, a melhoria é relativamente rápida e independentemente da idade do praticante. Gobbi et al. (2005) afirma que adolescente de 15 anos de idade, que foram submetidos a exercícios específicos de flexibilidade durante 2 meses com 3 sessões semanais, em dias alternados, avaliados por meio de alcançar sentado, que esses indivíduos obtiveram aumento próximo de 5 cm de sua flexibilidade.

Segundo para que aconteça o desenvolvimento da flexibilidade é necessária a participação em programas de atividade física, pois o nível de condicionamento físico é um dos fatores intervenientes do nível de flexibilidade e esta direta e positivamente correlacionado com maior amplitude de movimento.

Santos et al (1999), afirma que os níveis de flexibilidade são atingidos quando se é trabalhado de forma específica e não generalizada, pois se forem trabalhados de forma generalizada a melhoria da flexibilidade é muito pequena podendo ser inexistente.

O investigador ainda afirma que através de estudos que ao comparar as mulheres idosas que participavam de um programa de atividades físicas generalizadas que não incluíam exercícios específicos de flexibilidade, com outras de idade semelhante que só praticavam caminhadas regularmente, foi verificado que não havia diferença significativa de flexibilidade entre os grupos.

O autor ainda afirma que a amplitude dos movimentos destinados a melhorar a flexibilidade dever ser máxima e diagnosticada de maneira simple pelo o inicio de maneira de dor, onde dado essa alta intensidade o aquecimento prévio das estruturas musculares e articulares envolvidas nos exercícios é obrigatório, pois contribuir para aumentar a amplitude de movimento e da temperatura daquelas estruturas.

Conclusão

Podemos concluir portanto que a flexibilidade pode e deve ser treinada por atletas em todas as modalidades desportivas.

Existem algumas modalidades no entanto como a ginástica rítmica e a ginástica olímpica que necessitam mais deste componente (flexibilidade) do que outros desportos pois sua utilização exerce grande influência no decorrer do desenvolvimento da modalidade e no decorrer do desenvolvimento do atleta.

A flexibilidade deve ser encarada como uma forma de preparação harmoniosa do corpo devendo ser incluída nos programas de treinamento desportivo de todos os atletas, embora não seja considerada como importante ou prioritária, pois para muitos profissionais ela é tida como componente secundário do treinamento desportivo.

Referências


ACHOUR Jr., Abdallah. Bases para exercícios de alongamento. Relacionado com a saúde e no desempenho atlético. Londrina: Midiograf, 1996.


ACHOUR JUNIOR, A. Avaliando a flexibilidade: manual de instruções. Londrina: Midiograf, 1997. 84p.


ALTER, Michael J. Science of stretching. 2nd. ed. Campaign: Human Kinetics, 1996.


BARBANTI, V. J. Teoria e prática do treinamento esportivo. 2. Ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1997. 214p.


CEAS, Benard et alli (1987). Ginástica aeróbica e alongamento. São Paulo, Manole.


CORBIN, C. (1984) – flexibility. In: Clinical Sports Medicine. Jan, 3(1):101-17.


DANTAS, Estélio H. M. Flexibilidade, alongamento e flexionamento. 4a ed. Rio de Janeiro: Shape, 1998.


GOBBI, Sebastião; VILLAR, Rodrigo e ZAGO, Andenson Saranz. Educação Física no Ensino superior. Bases teóricas e praticas do condicionamento físico. Rio de Janeiro: Guanabara. Koogan, 2005.


HOLT, L. E. Scientific Stretching for Sport (3s). Halifax: Dalkosie University, 1975.


ZANELLA A. A. L.; FILHO. M. L. M.; SILVA P. C.; MATOS D. G.; JÚNIOR R .L. P.; CARIAS. J.C.C. N.; VENTURINI G.R.O. Comparação das respostas hemodinâmica entre exercícios contra resistência e cardiorrespiratório para indivíduos hipertensos. EFDeportes,com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 140, 2009. http://www.efdeportes.com/efd140/respostas-hemodinamicas-entre-os-exercicios.htm


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