O melhor treinador ou comissão técnica é aquele que se adapta as condições de trabalho. Contudo, existem certas atitudes que podem ser desenvolvidas em qualquer ambiente. O trabalho deve ser o mais individualizado possível. Dessa forma, se não há possibilidades em prescrever e avaliar o treinamento pelo método mais sensível, que seja realizado ao menos a partir de um teste não invasivo validado. Nem toda a equipe, não importa a modalidade, dispõe de um analisador de gases para verificar o consumo máximo de oxigênio (VO2max), de um lactímetro para verificar a resposta do lactato frente ao exercício ou até de um monitor cardíaco.
No entanto, qualquer treinador tem condição de possuir uma fita métrica, cones e cronômetro podendo realizar testes indiretos e não invasivos para mensurar, por exemplo, a resistência aeróbia e anaeróbia (teste de Cooper, Potência Crítica), força (teste de flexão e abdominal), capacidade de saltar (teste de salto vertical e horizontal); entre outros. Além disso, principalmente nos esportes coletivos, é importante que os treinos sejam diferenciados de acordo com a função que o atleta desempenha durante uma partida.
Uma alternativa inteligente para os clubes localizados próximos às universidades que tenham o curso de Educação Física ou afins seriam os convênios, ou seja, os atletas dos clubes podem ser avaliados como participantes para pesquisas da universidade, enquanto que a comissão técnica obtém dados científicos e fidedignos que auxiliam na preparação de seus atletas. O grande problema quanto a esta prática é que existe, principalmente por parte dos treinadores, preparador físico e dirigente, um receio de que os pesquisadores possam prejudicar os seus trabalhos ou até se interessarem por seus cargos. Esse conflito, na grande maioria dos casos, desaparece assim que se estabelecem os objetivos comuns, exigência da parceria.
Dessa maneira, a otimização do rendimento esportivo de qualquer atleta depende da capacidade do treinador se adaptar a sua realidade de trabalho e utilizar, da melhor maneira, os recursos disponíveis. Não podemos negar que existe uma relação diretamente proporcional entre o nível competitivo do atleta e os recursos de treinamento, ou seja, quanto mais treinado for o atleta maior será a necessidade de utilizar ferramentas sensíveis de avaliação e prescrição do treinamento.
Pelo exposto não é estranho que tenhamos dificuldade para traçar um programa ideal de treinamento. Mas obter o conhecimento de variáveis que podem interferir ou auxiliar no rendimento do atleta pode ajudar na escolha de protocolos de avaliação e a determinar a melhor estratégia de treinamento para seu atleta.
Assim, ao bom treinador é essencial o conhecimento científico e prático da modalidade esportiva que se deseja trabalhar. A estratégia a ser utilizada, dependerá muito dos recursos que a equipe ou treinador tem no momento. A utilização de equipamentos sofisticados para fazer as avaliações não faz parte da realidade de muitos treinadores. Mas a aplicação de um treinamento individualizado se torna importante tanto para os esportes coletivos como para os individuais, na medida que existem diferenças individuais em resposta a um mesmo treinamento. Por isso, a otimização do treinamento não dependerá de apenas um fator. A dedicação do treinador, do atleta, e de uma equipe multidisciplinar auxiliando nas diversas áreas relacionadas ao esporte deve ser a chave para se obter melhores e crescentes rendimentos.
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