A incontinência urinária é uma condição comum entre idosos, mas pouco discutida. Ela afeta diretamente a qualidade de vida, a autoestima e até o comportamento social do idoso, que muitas vezes começa a evitar sair de casa por medo de “acidentes”. O que pouca gente sabe é que o treinamento funcional pode contribuir significativamente para o controle dessa condição, por meio da ativação muscular, estímulo postural e integração dos sistemas corporais.
O corpo de um idoso com incontinência precisa de mais do que fortalecimento de assoalho pélvico. A instabilidade postural, o enfraquecimento de musculaturas profundas e a má coordenação entre tronco e pelve agravam o problema. Por isso, a atuação com funcional deve ser pensada de forma global, integrada e progressiva.
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O primeiro passo é ativar o centro de força (core) com exercícios simples e com foco em controle, respiração e estabilidade.
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Associar exercícios de respiração com ativação de transverso abdominal ajuda na conexão neuromuscular com o assoalho pélvico.
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Treinar mudanças de decúbito, agachamentos parciais e transferências de peso reforça a sincronia entre musculatura estabilizadora e periférica.
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Estímulos de equilíbrio e propriocepção, mesmo em bases amplas, favorecem a reorganização postural e reduzem pressões intra-abdominais desnecessárias.
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A inclusão de estímulos motores com tarefas cognitivas ajuda o idoso a resgatar a percepção corporal e o controle sobre o próprio corpo em situações reais do dia a dia.
É importante entender que o idoso não precisa de “exercícios de academia”, mas de movimentos funcionais que restabeleçam sua capacidade de controlar o corpo em diferentes contextos: levantar da cama, caminhar com segurança, sentar e levantar de uma cadeira, alcançar objetos, tossir ou rir sem perdas urinárias.
Além do treino físico, o trabalho com esse público exige escuta ativa, empatia e orientação contínua. Muitos idosos não relatam a incontinência por vergonha ou porque acreditam que é “normal da idade”. Cabe ao profissional abrir espaço para o diálogo, identificar padrões e ajustar o treino de forma estratégica.
O objetivo do funcional não é eliminar o problema por completo, mas reduzir episódios de perda, melhorar o controle corporal e devolver segurança ao idoso — tanto física quanto emocional.
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