Você reparou vários atletas nas Olimpiadas com estranhos círculos vermelhos espalhados nos corpos dos atletas - entre eles o nadador Michael Phelps?
Essas marcas não se tratam de tatuagens ou machucados. Tampouco de madrugadas animadas na Vila Olímpica. Os círculos vermelhos são resultado de uma prática conhecida como ventosaterapia, uma forma milenar de medicina alternativa que emprega ventosas.
A técnica, que é uma forma de acupuntura, consiste em acender líquido inflamável dentro de copos redondos de vidro. Uma vez que a chama se apaga, forma-se um vácuo parcial no interior do copo. A diferença entre a pressão interior e exterior acaba por gerar uma força de sucção, estimulando o fluxo sanguíneo e deixando os círculos vermelhos, que desaparecem entre três e quatro dias.
Atletas dizem que recorrem à técnica para reduzir dores e ajudar com a recuperação da fadiga dos treinos e das competições constantes.
Praticantes alegam que a terapia ajuda com problemas musculares, alívio da dor, artrite, insônia, problemas de fertilidade e celulite.
A ideia é ajudar o fluxo de energia - conhecido na medicina tradicional chinesa como "qi" - em torno do corpo, e reequilibrar o seu equilíbrio - "ying e yang".
Quanto mais escura a marca deixada pelo domo, diz, mais pobre é a circulação do sangue naquela parte do corpo. A ventosaterapia teve origem na China cerca de 3 mil anos atrás, mas também se tornou popular no Egito, no Oriente Médio e em todo o mundo. Antes das cúpulas de vidro, outras, de bambu, eram usadas para o mesmo fim. Muitas pessoas nos países ocidentais acham essa variedade "difícil de aceitar", mas explica que ela é vista na medicina chinesa como um tipo de desintoxicação e é muito popular.
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