A fisiologia do ciclo alongar-encurtar é baseada na combinação dos reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecânicas e, principalmente, elásticas do sistema músculotendíneo.
Existe uma grande variedade de exercícios pliométricos, os quais devem ser combinados e aplicados de acordo com a necessidade de cada esporte, um exemplo é o basquetebol, no qual o atleta deverá realizar tanto exercícios para membros inferiores e superiores, pois esses atletas requerem força de impulsão para o salto e potência
para o arremesso. Moura e Moura afirmam que o atletismo é uma modalidade que abrange um grande espectro de atividades, como corrida, saltos e arremessos e os exercícios pliométricos são fundamentais na reabilitação desses atletas.
A pliometria pode ser aplicada de forma simples, utilizando-se materiais de fácil aquisição, como caixas de madeira, cones, bolas e elásticos. É importante ressaltar a função do
aquecimento antes da aplicação dos exercícios pliométricos. O aquecimento pode ser dividido em geral e específico. O primeiro envolve atividades como corrida lenta, seguida de
exercícios calestênicos e alongamentos. O segundo engloba atividades repetidas que preconizam os padrões neuromusculares da habilidade esportiva.
Após o aquecimento, o paciente deve ser exposto a atividades que visam a aprendizagem da técnica. Nessa fase, o terapeuta deverá ensinar pontos importantes, como a aterrissagem correta, respeitando a velocidade exigida pelo exercício e o alinhamento adequado do corpo. Exercícios de baixa intensidade ou impacto, como saltos
bilaterais no lugar são usados nessa fase. Em seguida deve-se aumentar o nível de dificuldade e expor o sistema articular e miotendíneo a uma maior carga através de exercícios de nível moderado e finalmente, o programa evolui até o retorno do atleta ao esporte. A velocidade de progressão depende da gravidade de lesão.
Os principais tipos de exercícios para membros inferiores são os saltos no lugar, ou seja, os membros inferiores aterrisam no mesmo lugar de onde saltaram, saltos com mudança de direção, nos quais os membros inferiores aterrisam em um ponto diferente de onde saltaram, que pode ser para o lado, para frente ou na diagonal e saltos
em profundidade que utilizam caixas e requerem maior experiência, pois são mais agressivos, exigindo mais das qualidades reativas e de explosão muscular.
Nos exercícios para membros superiores são utilizados medicine balls, que são bolas de diferentes graduações de peso, elásticos ou push up na parede ou solo.
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