Segundo TEIXEIRA e GOMES (1998) o atleta de voleibol deve treinar a potência na musculação porque é uma das capacidades físicas predominantes no jogo de voleibol. A força máxima dinâmica também merecem ser exercitadas nas sessões de musculação do voleibol (CHIAPPA, 2001).
MARQUES JUNIOR (2001) ensina que a musculação para o atleta de voleibol tem que ser praticada similar ao gesto desportivo da modalidade para proporcionar uma adequada transferência da força aos fundamentos executados pelo voleibolista.
WELTMAN et al. (1986) afirmam que a musculação auxilia no aumento da impulsão do salto vertical. NAGANO e GERRITSEN (2000) evidenciaram em seu estudo que o exercício resistivo é responsável pela melhora do salto vertical. HOLLINGS e ROBSON (1991) informam que a modalidade do atleta influencia no desempenho do salto vertical, desportos onde predomina a força e a potência os atletas saltam mais.
SPILÄ et al. (1991) escrevem que as modalidades de força saltam mais porque possuem mais força isométrica nos músculos dos membros inferiores. A força isométrica correlaciona-se significativamente com o salto vertical do desportista (Häkkinen, 1991 em TRICOLI et al., 1994). Desportos de velocidade também conseguem boa performance no salto vertical por causa que esses eventos necessitam de potência .
EISENMAN (1978) observou no seu estudo que a pratica da musculação por 4 dias por semana com 8 a 12 repetições e possuindo exercícios para os membros inferiores, ombro, costas e braço, beneficia o desempenho do salto vertical. McKETHAN e MAYHEW (1974) informam que sessões de força isotônica-isométrica melhoram mais o salto vertical do que as de força máxima.
Para AUGUSTSSON et al. (1998) não é só o número de repetições, séries ou o objetivo da sessão de musculação que aumentam a impulsão do salto vertical, a especificidade é um fator determinante. Em sua pesquisa um grupo realizou treino de força na cadeira extensora e abdutora, enquanto que outro praticou agachamento com halter. Os melhores resultados no salto vertical foram do grupo do agachamento com halter porque ativa à ação excêntrica e concêntrica, similar o movimento muscular do salto vertical com contramovimento.
FIGUEIRA JÚNIOR et al. (1996) constataram na seleção brasileira feminina de voleibol adulto que a força e a potência influenciam significativamente no salto vertical, isto é, na quantidade e nos níveis de fadiga.
A potência também propicia uma melhora na impulsão do salto vertical (KETTUNEN et al., 1999). Segundo BADILLO e AYESTARÁN (2001) sessões de potência devem ter uma duração máxima de 2 meses para mulheres e 4 meses em homens, mais do que este período a força explosiva tende a declinar. Mas estas informações não foram evidenciadas em voleibolistas.
SCHMIDTBLEICHER (1992) escreve que a força máxima dinâmica contribui na qualidade da potência do atleta, mas não explica o motivo. RODACKI et al. (1994) afirmam que a melhora da força sempre beneficiará a potência muscular. Enquanto que Newton & Kraemer (1994 em BADILLO e AYESTARÁN, 2001) indicam 5 fatores que se melhorados em conjunto beneficiaram a força de potência, eles são: força executada em velocidade lenta com cargas elevadas (força máxima dinâmica), força realizada com máxima velocidade portando pesos leves ou medianos (força de potência), habilidades específicas (ciclo excêntrico-concêntrico e índice de manifestação da força) e coordenação intermuscular.
A potência torna-se imprescindível para os desportos da atualidade por causa que auxilia no desempenho atlético, como no arremesso, golpe de uma arte marcial e no salto vertical (NEWTON e KRAEMER, 1994). Mas MANNIE (1995) chama atenção que sessões com peso de musculação que visem à melhora da força de potência possuem um alto risco de lesão, apesar de ser comprovado os seus benefícios para a performance. Observado no estudo de
HÄKKINEN (1993) em jogadoras de voleibol da liga finlandesa. As voleibolistas praticaram 2 a 3 sessões semanais de musculação de força máxima dinâmica e/ou força de potência no período preparatório, vindo reduzir a quantidade de treino de força no período competitivo, sendo praticado para manutenção. HÄKKINEN (1993) constatou que os valores do salto vertical do bloqueio e da cortada aumentaram significativamente por causa das sessões de força máxima dinâmica e de potência.
No período de transição e no segundo período competitivo, as voleibolistas finlandesas realizaram sessões de força máxima dinâmica e de potência num menor volume, vindo a cessar o treino de força máxima dinâmica na metade do período competitivo, influenciando num decréscimo do salto vertical das jogadoras.
Segundo HÄKKINEN (1989) a força máxima dinâmica e a força de potência são imprescindíveis para aumentar o salto vertical do atleta de voleibol. Embora YOUNG e BILBY (1993) presenciaram em seu estudo que os estudantes que treinavam potência obtiveram resultados inferiores no salto vertical (38,70 4,98 cm) quando comparados aos do grupo de hipertrofia máxima (41,59 4,74 cm), tornando difícil de explicar o motivo.
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